A chegada do mês de julho é muito lembrada para a maioria das crianças, porque significa que as férias escolares começarão. Neste período, as crianças aproveitam o tempo sem aula para relaxar, se divertir e descansar, o que acaba mudando – e muito – suas rotinas. Ir dormir muito tarde e acordar mais tarde ainda, além de comer em horários diferentes ou até mesmo pular refeições são algumas das situações que caracterizam bem o período de férias.
De acordo com a otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa e Especialista do Sono, Dra. Luciane Mello, hábitos como estes são o suficiente para que o organismo sofra consequências mais tarde, já que o corpo estava acostumado com uma outra rotina. “A alteração repentina da hora do sono ocasiona mudanças hormonais no corpo das crianças e adolescentes. A produção de cortisol, o hormônio do crescimento (GH), fica desregulada, gerando um sono de má qualidade e, consequentemente, o cansaço diurno”, explica.
Além disso, segundo um estudo feito com 11 mil crianças na Inglaterra e publicado na revista Epidemiology e Community Health, a falta de rotina na hora do sono pode prejudicar a capacidade de aprendizado das crianças. Por isso, é importante manter os ponteiros do relógio biológico, principalmente na hora de dormir, mesmo durante as férias. Assim, problemas futuros no retorno às aulas podem ser evitados.
No entanto, para que as férias ainda possam ser aproveitadas e o organismo não sofra com tantas consequências devido às mudanças de horários, a especialista listou 7 dicas que podem ajudar a manter a rotina em dia:
1. Conforto
2. Evite exageros
3. Relaxamento
4. Crie um ambiente agradável
5. Alimentação
6. Tempo de sono
7. Voltando à rotina
“É importante prestar atenção no rendimento diário das crianças e observar se o período de sono é tranquilo. O ideal é que a respiração seja sem esforço e pelo nariz, e não existam roncos, além de seguir uma vida saudável, com alimentação balanceada e atividade física regular. Se mesmo assim ainda persistir o cansaço diário ou a dificuldade em voltar à rotina for grande, é recomendável procurar a ajuda de um especialista”, finaliza Luciane.
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