A água é uma substância imprescindível para a manutenção da vida no planeta. Embora seja verdade que há muita água e que ela não acabará, é também verdade que está muito mal distribuída. Clique aqui e veja uma tabela com dados sobre a distribuição de água no planeta.
Pela tabela, percebe-se que a quantidade de água doce (em rios e lagos) é relativamente muito pequena. Considerando-se que boa parte dessa água está poluída, surge um sério problema: o da água para consumo humano.
Uma dentre várias alternativas é usar água dos oceanos. Entretanto, essa água apresenta uma concentração muito grande de sais dissolvidos, o que a torna imprópria para o consumo.
Graças ao conhecimento do fenômeno da osmose e do desenvolvimento da tecnologia, é possível separar os sais da água do mar, a fim de torná-la própria para o uso na irrigação ou mesmo para o consumo humano.
É possível evitar a osmose aplicando-se sobre a solução hipertônica uma pressão igual à pressão osmótica. Ainda se pode fazer com que a osmose ocorra no sentido contrário, ou seja, da solução hipertônica para a hipotônica, aplicando-se sobre a solução mais concentrada uma pressão superior à pressão osmótica. Trata-se da osmose reversa ou osmose inversa.
Na osmose inversa, um solvente e separado de um soluto de baixa massa molecular, como sais ou moléculas orgânicas simples (partículas cujo diâmetro varia entre 1 e 10 A), por uma membrana semipermeável.
A pressão osmótica da água do mar é de cerca de 30 atm em relação a da água pura. Numa situação em que a água do mar e a água pura são colocadas em contato, por meio de uma membrana semipermeável, sendo aplicada sobre a água do mar uma pressão maior que 30 atm, o solvente passa da solução salina para a água pura, deixando os sais retidos na membrana (veja o esquema a seguir). Na pratica, a pressão aplicada sobre a água do mar e maior que 100 atm.